segunda-feira, 25 de julho de 2011

Coisas do Olhar

As palavras que ressoam no peito de quem não quer
São as que mais falam,
Falam no olhar
Falam o que a boca não consegue
Falam lentamente, mas sempre falam
Falam a voz das palavras caladas que querem sair

Quem bem saber olhar,
consegue ler um poema feito do peito de quem não quiz falar.

domingo, 24 de julho de 2011

umas Palavras desajeitadas...

Neste emaranhado de pedaços tortos
falam as palavras da minha boca,
Mais um sentimento do peito
que bate sem jeito e sem muito vingar.

Falam as palavras da minha boca,
sem pedir licença e sem assinar,
São desembuchads de ponta a cabeça,
sem era nem beira, dente pralá.

Mais um sentimento do peito,
as palavras despejam sem leito e sem ar
Falam na mais pura inocência,
Aquilo que nenhuma ciência se atreveu a falar.

Na fluidez do momento,
disse os mais belos sonetos pra quem não sabe escutar,
Praquele que em busca de uma vil consciência,
NUNCA, nem sequer, aprendeu a amar.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Dona Juana

Vestida de verde ela vem dançando
Dançando de um jeito a me provocar
Criando olhar de todas as maneiras
Mexendo o corpo de uma vida inteira
De cor acesa só pra ludibriar

Brinca comigo quando ta na mão
Me arrebatando da ponta a cabeça
Depois me deixa com a cara no chão
Deixando rastro onde quer que eu esteja.

Do lema verde “vá em frente” “há esperança”
Que eu me agarro e tomo a rezar
Que esta nega de olhar vermelho,
Me pegue inteiro só pra fazer chapar.