Neste emaranhado de pedaços tortos falam as palavras da minha boca, Mais um sentimento do peito que bate sem jeito e sem muito vingar.
Falam as palavras da minha boca, sem pedir licença e sem assinar, São desembuchads de ponta a cabeça, sem era nem beira, dente pralá.
Mais um sentimento do peito, as palavras despejam sem leito e sem ar Falam na mais pura inocência, Aquilo que nenhuma ciência se atreveu a falar.
Na fluidez do momento, disse os mais belos sonetos pra quem não sabe escutar, Praquele que em busca de uma vil consciência, NUNCA, nem sequer, aprendeu a amar.
Vestida de verde ela vem dançando Dançando de um jeito a me provocar Criando olhar de todas as maneiras Mexendo o corpo de uma vida inteira De cor acesa só pra ludibriar
Brinca comigo quando ta na mão Me arrebatando da ponta a cabeça Depois me deixa com a cara no chão Deixando rastro onde quer que eu esteja.
Do lema verde “vá em frente” “há esperança” Que eu me agarro e tomo a rezar Que esta nega de olhar vermelho, Me pegue inteiro só pra fazer chapar.